domingo, 7 de outubro de 2012

O Lado “B” do Serviço Público

Pois é. Parece que tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim. É quase inegável essa máxima da vida, conforme vejo cada vez mais no exercício das atribuições de servidor público.
Mas antes de adentrar neste tema tão delicado e espinhoso, quero deixar claro que este artigo não foi, não é e nunca será um desmotivador ou um desestímulo para que vocês deixem de estudar. Seria mais um “ALERTA” àqueles que tomarão posse ou serão contratados como servidores públicos em um futuro próximo.
Meus amigos, ainda há um ranço perigoso e incompatível com a conduta de administradores probos, honestos e corretos. Certos servidores, infelizmente, ainda vivem na ideia de servir e utilizar a famosa “Lei de Gerson” para resolver os problemas que ocorrem no dia-a-dia da Administração.
Ao invés de enfrentarem de peito aberto, visando a resolução das questões de forma a conceder celeridade, publicidade, eficiência e moralidade às ações dos entes públicos, utilizam da técnica de “jogar para debaixo do tapete” a sujeira própria e alheia. Sem falar, é claro, nos jogos de interesses, onde muitos querem chegar a cargos de chefia sem o maior esforço, a não ser quando o assunto é derrubar o colega. E neste furacão de verdadeiras guerras entre Departamentos, entre líderes e joguetes, estamos nós, servidores que quando pisamos pela primeira vez em um órgão público prometemos honrar aquelas lições e princípios que de forma reiterada e repetida lemos para fazer as provas, principalmente, no Direito Administrativo.
É meus queridos leitores! Sofro, ainda, algumas pressões e certos problemas por simplesmente seguir à risca os princípios existentes na nossa Constituição Federal, principalmente, aquele que é tão desprezado e transgredido: a moralidade administrativa. Sofri diversos obstáculos pelo simples fato de querer e agir com honestidade. Simples assim! Por cumprir com a legalidade, defender a publicidade dos atos administrativos, moralizar as minhas condutas e tentar imprimir eficiência em minhas funções, atualmente estou sendo, de certa forma, perseguido.
Mas nem tudo está perdido.
Apesar de tudo o que relatei, eu continuo de pé. E como poderia parecer, ao invés de me sentir enfraquecido e desanimado, desejo ainda mais ser honesto e continuar a obedecer aos princípios magnos que regem a conduta da Administração Pública. Por quê? Simples: porque enxerguei que muitos funcionários podem até estar em uma posição melhor que a minha, podem até ter um salário maior que o meu, mas eu tenho certeza absoluta que o único que consegue ter um sono tranqüilo e não temer nenhuma ação punitiva, repressiva ou sancionatória dos órgãos de fiscalização é este que vos fala. E isto não há preço que pague.
RESUMO DE ÓPERA: Como já fora dito aqui por diversas vezes, reforço essa verdade incontestável: não achem que após passar tudo se tornará em mil maravilhas. Ao contrário, os problemas somente mudarão de roupagem e, não mentirei, por muitas vezes eles serão muito maiores na questão da responsabilidade administrativa, civil e penal. Todavia, quando isso ocorrer, tenha em mente que conforme aprendemos quando ainda éramos concurseiros, “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]” (art. 37, caput, da Constituição Federal). Bons Estudos.
JERRY LIMA, um Concurseiro Profissional.

0 comentários:

Postar um comentário

Não precisa comentar, mas pode passear pela leitura!